Patrícia Fava
Apesar de estar muito batido, eu adoro este poema, alias adoro Carlos Drummond de Andrade.

Receita de Ano Novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Até mais

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Patrícia Fava

Inicia o ano de 2010 e o ano que passou foi mais que marcante.
Em 2009 moramos 7 meses em outro país, que foi simplesmente sensacional. Não foi fácil no inicio, alias foi muito mais difícil que pensavamos, principalmente para mim que só falava "the book is on the table".
Tivemos uma sorte danada em conseguir trabalho logo que voltamos e retomamos nossa vida rapidamente.
Conhecemos tantas pessoas diferentes, tantas vidas diferentes, tantos mundos...
Conheci o mundo da internet, e fiquei impressionada do seu tamanho.
Comecei a escrever em blog e surgiu um monte de idéias para o futuro.
Mas se foi 2009 e inicia 2010.
Poderia colocar aqui um monte de planos e metas, mas confesso que a principal é ser feliz e tocar em frente, sempre.
Que venha 2010 e que este ano eu consiga ter a sabedoria de aprender com todos os momentos, sejam eles de alegria ou de sofrimento.
Feliz 2010!
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Patrícia Fava
Podem me chamar
E me pedir e me rogar
E podem mesmo falar mal
Ficar de mal que não faz mal
Podem preparar
Milhões de festas ao luar
Que eu não vou ir
Melhor nem pedir
Eu não vou ir, não quero ir
E também podem me obrigar
Até sorrir, até chorare podem mesmo imaginar
O que melhor lhes parecer
Podem espalhar
Que eu estou cansado de viver
E que é uma pena
Para quem me conheceu
Eu sou mais você
E... eu
Vinicius de Moraes e Carlos Lyra

Patrícia Fava
Eu sempre fui preocupada com o futuro do planeta. Agora é realidade, aquecimento global está aí para todo mundo ver e sentir.
Neste periodo que estou aqui em Sydney, é nitido que só com a reeducação da população poderemos melhorar um pouco as consequências e ajudar o nosso "planetinha".
É claro que eu sei que não depende só das nossas atitudes de cidadão, tem toda uma industria do capitalismo envolvida. Mas política e sistema a parte, vamos nos concentrar o que nós cidadãos podemos contribuir e fazermos a nossa parte.
Acho que com atitudes simples podemos contribuir, é só começarmos a agir. No inicio precisa de atenção, mas depois que incorpora passa a automatico.
Esta semana vi um site da Ong SOS Mata Atlântica que traz uma dica que é tão simples e com ela dá para economiza água consideravelmente, 4.320 lts/ano por pessoa - tomando apenas um banho por dia.
Aos que dizem que não conseguem fazer nada para ajudar, tenho certeza que dá para praticar: Faça xixi no banho!
Segundo a Ong, deve-se fazer o seu xixizinho durante o banho. Não, não se transmite nenhum tipo de doença, não é nojento, nem anti-higiênico. E para deixar claro, xixi é 95% água, o resto é sal e uréia, sem falar que o xixi é seu.
Já passou da hora de cada um começar a fazer a sua parte.
Cada um que pense e faça o que puder e achar melhor, mas comece logo!


Sal da Terra
Beto Guedes, Ronaldo Bastos
Anda, quero te dizer nehum segredo
Falo nesse chão da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da Terra
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com teus frutos
Tu que és do homem a maçã
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
Deixa nascer o amor
Deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor
Deixa viver o amor




Patrícia Fava
Saiu na Globo.com hoje uma reportagem muito interessante, na verdade este é simplesmente o meu sonho hummm.
É muito bizarro, mas eu amo pipoca e sempre imaginei eu dentro de uma piscina de pipoca comendo todas é claro e bebendo Coca-Cola.
Em Londres teve uma promoção que fiquei sem palavras quando vi na internet. Na verdade a promoção foi muito além da minha imaginação, fiquei com muitaaa inveja dos sortudos (heheh). Quem sabe um dia...

Cem sortudos ganharam o direito de saborear mais de uma tonelada de pipocas, nesta terça-feira (5), após a abertura de uma caixa gigante da guloseima em Londres (Reino Unido). Eles ganharam um concurso realizado por uma empresa de telecomunicações para incentivar a ida das pessoas ao cinema. O balde de pipocas tinha cerca de 6 metros de altura e quase três metros de diâmetro. O produto era avaliado em US$ 15 mil. (Foto: Reuters)
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Patrícia Fava

Este final de semana, enquanto a Patrícia (esposa do Renato) estava preparando os "comes" de sua recepção para os amigos, ela começou a contar sobre seu trabalho.
A Patrícia é enfemeira formada e pós graduada no Brasil e aqui na Austrália ela está trabalhando em uma casa de repouso. Na Austrália tem muitos idosos e consequentemente muitas casas de repouso. Onde a ela trabalha são 80 velhinhos e a maioria deles não recebem sequer uma visita de seus familares.
Estavamos conversamos no quanto são carentes, mencionamos a importância de nos relacionarmos bem enquanto temos força e vitalidade. Temos que preparar nosso terreno para quando formos dependentes.

“No início da nossa vida e de novo quando envelhecemos, precisamos da ajuda e da afeição dos outros. Infelizmente, entre estes dois períodos da nossa vida, quando somos fortes e capazes de cuidar de nós, negligenciamos o valor da afeição e da compaixão. Como a nossa própria vida começa e acaba com a necessidade da afeição, não seria melhor praticarmos a compaixão e o amor pelos outros enquanto somos fortes e capazes?” Dalai Lama

Hoje tenho meus dois avôs ambos com 95 anos e muito bem de saúde, mas já com suas limitações físicas. Um mora em sua casa com um filho e o outro se mudou esta semana para a casa dos meus pais, e minha mãe e seu pai estão felizes da vida por estarem vivendo juntos novamente.
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Patrícia Fava
...que amo muito!!!!!

Patrícia Fava
Para manter viva a magia do amor devemos ser flexíveis e nos adaptar às contínuas mudanças de estação do amor.
AS ESTAÇÕES DO AMOR
Um relacionamento é como um jardim. Se é para florescer deve ser aguado regularmente. Cuidado especial deve ser dado, levando em conta as estações bem como qualquer mudança de tempo. Novas sementes devem ser plantadas e as ervas daninhas arrancadas. Similarmente, para manter viva a magia do amor, temos que entender suas estações e acalentar as necessidades especiais do amor.
A primavera do amor
Apaixonar-se é como a primavera. Nós nos sentimos como se fôssemos ser felizes para sempre. Não conseguimos nos imaginar não amando nosso(a) parceiro(a). É um momento de inocência.
O amor parece eterno. É uma época mágica quando tudo parece perfeito e funciona sem esforço. Nosso(a) parceiro(a) parece ser o par perfeito. Dançamos juntos sem esforço, em harmonia, regozijando-nos de nossa boa sorte.
O verão do amor
Durante o verão do amor, nos damos conta de que nosso(a) parceiro(a) não é tão perfeito(a) quanto pensamos, e que temos que trabalhar o relacionamento. Nosso(a) parceiro(a) não é somente de outro planeta, mas é também um ser humano que comete erros e tem defeitos como todo o mundo.
Frustração e desapontamento aumentam, ervas daninhas precisam ser arrancadas e as plantas precisam de água extra sob o sol escaldante. Não é mais tão fácil dar e receber o amor de que precisamos. Descobrimos que não estamos sempre felizes, e que nem sempre nos sentimos amorosos. Não fazemos mais uma imagem do amor.
Muitos casais se tornam desiludidos a essa altura. Eles não querem trabalhar o relacionamento. Eles esperam, de maneira irreal, que seja primavera o tempo todo. Culpam seus parceiros e desistem. Não se dão conta de que o amor nem sempre é fácil; às vezes requer trabalho duro sob o sol escaldante. No verão do amor, precisamos acalentar as necessidades do(a) nosso(a) parceiro(a) bem como pedir e receber o amor de que precisamos. Isso não acontece automaticamente.
O outono do amor
Como resultado dos cuidados com o jardim durante o verão, nós colhemos os resultados do trabalho duro. O outono chegou. É um momento dourado rico e satisfatório. Experimentamos um amor mais maduro que aceita e compreende as imperfeições do(a) nosso(a) parceiro(a) bem como as nossas. É um momento de agradecer e de compartilhar. Tendo trabalhado duro durante o verão,podemos relaxar e aproveitar o amor que criamos.
O inverno do amor
Aí o tempo muda de novo, e vem o inverno. Durante os meses frios e estéreis do inverno, toda a natureza se recolhe para dentro de si mesma. É um momento de descanso, reflexão e renovação. Esse é o momento, num relacionamento, em que experimentamos nossa própria dor não resolvida ou nosso eu obscuro. É quando nossa tampa sai e nossos sentimentos dolorosos emergem. É um momento para crescimento solitário quando precisamos cuidar mais de nós mesmos do que dos(as) nossos(as) parceiros(as) por amor e satisfação. É o momento para cura. Esse é o momento em
que os homens hibernam nas suas cavernas e as mulheres mergulham no fundo dos seus poços.

Depois de nos amarmos e curarmos ao longo do inverno escuro do amor, então a primavera inevitavelmente retorna. De novo somos abençoados com os sentimentos de esperança, amor e uma abundância de possibilidades. Baseados numa cura interna e numa investigação da alma na nossa jornada invernal; nós somos então capazes de abrir nossos corações e de sentir a primavera do amor.

Mas advirto para que não se esqueçam de que o amor é sazonal. Na primavera é fácil, mas no verão é um trabalho árduo. No outono você pode se sentir muito generoso(a) e satisfeito(a), mas no inverno pode se sentir vazio(a).
A informação de que precisa para resistir ao verão e trabalhar o seu relacionamento é facilmente esquecida. O amor que você sente no outono se perde facilmente no inverno. No verão do amor, quando as coisas ficam difíceis e você não este recebendo o amor de que precisa, meio que de repente você pode se esquecer de tudo o que aprendeu nesse livro. Num instante some tudo. Você pode começar a culpar seu(ua) parceiro(a) e se esquecer de como acalentar os sentimentos dele(a).
Quando o vazio do inverno se estabelece, você pode se sentir desesperançado(a). Pode se culpar e esquecer como amar e acalentar a si mesmo. Pode duvidar de si mesmo(a) e doía) seu(ua) parceiro(a). Pode se tornar cínico(a) e ter vontade de desistir. Isso tudo é parte do ciclo. É sempre mais escuro antes da aurora.
Para sermos bem-sucedidos em nossos relacionamentos, temos que aceitar e compreender as diferentes estações do amor. Às vezes o amor flui fácil e automaticamente; outras vezes, requer algum esforço. Às vezes nossos corações ficam plenos e outras vezes ficamos vazios.
Trecho do livro: Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus.
Patrícia Fava
Hoje me deu um saudade da Lisinha.
Estava no trem, indo para a escola e tinha uma garotinha com o cabelinho parecidissimo com o da Lisa.

Fiquei lembrando da paciencia e disciplina em arrumar todos os dias o cabelo, passar creme e molhar para abaixar o volume.

Hoje a Lisa tem 8 anos e é minha segunda sobrinha.

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Patrícia Fava
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes


Muito obrigado pelo carinho, Obrigado por vocês terem transformardo momentos tribulosos em tempo de refrigério. Muito obrigado pela hospitalidade e diversão,Obrigado pelos encontros e reencontros

Muito obrigado de coração.

Grande abraço,

Carlos Henrique

31/10/08
Adorei receber este meu irmão de fé e de muito momentos marcantes de minha infância em minha casa. Amo muito.
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